segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Jornalismo

A vida é mudança e caminho. Ou melhor o nosso caminho de vida é feito de mudanças. E há mudanças que marcam mais do que outras.Não vou esquecer aquele caminho, aquele que o faço quase de olhos fechados. Já sei o destino de cor que às vezes nem penso nele e quando dou conta já cheguei.
Praça Coronel Pacheco, Jornalismo.
Cheguei a três anos. Pequenina. Menina. Sorridente, como sempre. E hoje, embora ainda menina pequena e sorridente, sinto-me diferente.Não sei se foste tu ou se fui eu que cresci sozinha, a verdade é que da primeira vez que entrei em Jornalismo já tanta coisa mudou. Criaram-se novos sonhos, concretizaram-se outros. Superam-se tristezas e fizeram-se amigos, namorados e família.
Em jornalismo sentiu-se e viveu-se.
Lá fomos quem quisemos ser.
E sabes Jornalismo já tenho saudades ao falar de ti. O coração que está cheio de momentos e pessoas já está apertadinho.
E desejo que nunca desaparecas da nossa vida. E chamo-te, assim, para não te chamar anexo, edificio, predio, lugar... Chamo-te jornalismo porque mereces.Porque apesar de todas as condições menos boas, em ti fomos felizes.E, passados três anos, sabemos que ligaste vidas para a vida.Foste o palco de todos nós. bastidores de toda a nossa evolução desde meninos. Plateia de tudo aquilo que os outros veem de nós.

Nós. Unidos numa só força, a da amizade.

E quando sabemos que o tempo está acabar, tudo doí aqui dentro. Tudo faz falta, até os dias em que me recebeste feliz e me puseste triste, irritada, preocupada com tudo aquilo que tínhamos de fazer.
Mas tu foste, és e serás sempre o nosso lugar. E se te definisse definia-te como um lugar mágico.
Quando em ti entramos não sabíamos nada. Entramos como uma folha de papel branca vazia pronta a ser escrita. Entramos a medo. Era tudo tão estranho. Tínhamos a "inocência" que tão bem nos caracterizava. A ingenuidade de meninos que entram para ti sem saber como tudo os vai marcar, mudar e fazer crescer. E passados três anos, transformamos o medo em firmeza. Agora a nossa ligação a ti é feita de pilares fortes e bases sólidas. Fizemos de ti a nossa casa e afeiçoamo-nos. E, como em todas as casas, cada um tem o seu espaço. E nós sabemos disso. Decoramos o nosso espaço, o do ano 07/08. E está bonito. Tenho orgulho naquilo que fizemos e naquilo que deixamos. Todos nós deixamos o nosso legado. E entregamos o testemunho a vocês porque nós... Nós já vimos a meta e estamos quase quase a passá-la.
É quase surreal aquilo que estou a escrever.
Vou-me embora de mansinho. Volto em breve. Porque todos os filhos voltam a casa donde partiram. E sabe bem voltar. Vai saber bem.Vou e levo a esperança de que nada se apaga.

3 comentários:

  1. "Entramos como uma folha de papel vazia pronta a ser escrita". Quando saíres vais olhar pra essa folha, ler tudo o que escreveste e é aí que vais buscar força pra escrever uma nova folha de papel.
    A tristeza e a saudade são as bases para a nova vida que vais construir :) eu estou cá fora a agarrar-te pela mão *

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  2. Sorri e abanei várias vezes a cabeça afirmativamente ao ler o teu texto. Também eu fazia aquele caminho de olhos fechados e tenho saudades de fazer aquele trajecto e de chegar lá e sentir-me como em casa. Era mesmo assim que me sentia. E casa é sinónimo de bem-estar, família e felicidade.

    Em Jornalismo aprendemos e não apenas nos livros, mas também nas vivências e nos outros. E, acima de tudo, crescemos muito.

    :)

    Um beijinho

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Sorrisos =)